Eu sempre fico com o coração acelerado quando compro uma passagem de avião. E não foi diferente quando apertei o botão “finalizar pedido” desta vez! Céus, como fiquei ansiosa!!! Só queria que o Paulinho chegasse logo em casa pra gente começar a planejar nosso roteiro da nossa viagem a Vancouver.
Achei uma promoção, daquelas bem difíceis de recusar, mas com duas conexões nos Estados Unidos. Pagando bem que mal tem, não é mesmo? Comprei. E tirei o visto americano (sim, mesmo pra fazer escala é necessário o visto americano). E depois tirei o visto canadense. Ahhhhh esse visto! Foi um sufoco… Dois dias antes de viajar, eu não sabia se iria ou não. Muuuuita ansiedade, vocês não imaginam, e eu vou contar mais sobre isso em outro post.
Eu queria tanto fazer essa viagem que até sonhei com Vancouver.
Uma semana antes de ir, fiz esse pré-roteiro, uma lista de desejos de tudo o que eu queria ver e fazer na cidade.
Post relacionado: Sugestão de roteiro de 3 dias pela cidade.
Nossos 6 dias de viagem a Vancouver
Desde o dia que decidimos conhecer a cidade, o que mais a gente leu e ouviu foi: “chove muito em Vancouver”. Eu praticamente só tinha capa de chuva e galocha na mala, rs. E quando demos os primeiros passos em solo canadense, ela já estava lá, fininha e constante, para nos receber.
Chegamos à noite, completamente exaustos depois de 32 horas de conexões e atrasos, mas ainda conseguimos dar uma voltinha rápida pelas ruas próximas do nosso hotel, o The Burrard. Era sexta e não encontramos muitas opções de lugares para comprar um lanche rápido. Fomos de Starbucks mesmo.
No hotel, dormimos aninhados naquela cama cheirosa e aconchegante e oito horas depois estávamos prontos para dar início oficialmente a nossa viagem a Vancouver.
Vem com a gente?
Planinha, planinha
Ah, como eu queria conseguir expressar todo o meu amor por cidades planas <3 <3! Mas as palavras não traduzem, não adianta. Eu a-mo andar a pé pelas cidades que eu visito e quando vi Vancouver me derreti.
Nem o frio de 2 graus me segurou. Eu estava me congelando por dentro, mas não resisti ao convite do Paulinho e caminhei como louca. Alugar uma bicicleta é sempre uma opção prática e muito divertida, mas evitei fazer muito uso dela porque não estava a fim de sentir o ventinho congelante. Mas se você não se importar, seja feliz!
Super mãe-Natureza
Vancouver é muito abençoada pela natureza! As montanhas com topinhos de neve ao redor da cidade dividem os olhares apaixonados com as praias, os lagos e os parques. E como não de falar da floresta linda do Parque Capilano. Pura natureza-ostentação essa cidade.
E a cereja do bolo, o recheio de brigadeiro… o Stanley Park. Um parque selvagem, uma reserva ecológica. E dá pra admirá-lo de várias formas. Ao redor de todo o parque, faixas de bicicletas convivem em harmonia com a passarela de pedestre e com a rua por onde circulam os carros.
Vancouver – Cidade Verde
Imaginem caminhar por uma das 10 cidades mais verdes do mundo? Priceless! Coisas que só uma viagem a Vancouver pode fazer por você. E como se isso já não fosse o suficiente para amá-la, a meta da prefeitura é chegar ao topo da super lista até 2020! <3 <3
Sério gente, estou até agora impressionada com a quantidade de árvores que vimos em cada quarteirão da cidade. Fiquei imaginando como deve ser na primavera… Principalmente na rua do nosso segundo hotel, o supertop Times Square Suites, que tem uma fila praticamente infinita de árvores-cerejeiras.
Arquitetura-mix em Van
Acredito que a arquitetura de um lugar diz muito sobre ele. Andando a pé conseguimos apreciar a mistura super inusitada dos prédios de Vancouver: o tradicionalismo inglês das fachadas bege e marrom refletido na modernidade dos vidros espelhados. Pura poesia…
Além da cobertura de espelhos, os prédios modernos são super arrojados na forma das suas estruturas: arredondadas, assimétricas, sustentáveis. E logo ali, do outro lado da esquina, os charmosos, estilosos e ornamentados prédios inspirados nas ruas londrinas.
Estilo de vida em Vancouver
Em Vancouver, pessoas de todas as idades praticam yoga nos parques, correm e andam de bicicleta, mesmo em dias de chuva e muito frios. A prática de atividades físicas e de uma vida mais equilibrada com a natureza é muito incentivada e aplaudida.
Foi bem difícil me conformar com as meninas correndo de shortinho e regata (é verdade, regata), enquanto eu me “protegia” do frio com 4 blusas, gorro e luvas.
Os canadenses de forma geral, mas especialmente os habitantes de Vancouver, são muito comedidos no uso da água e bastante aplicados na prática da reciclagem do lixo. Ai de você se não reciclar direitinho.
Dinheiros, preços e valores
Definitivamente uma viagem a Vancouver não sai barato. Mas isso não é apenas porque o valor do dólar subiu. Ela é cara na essência.
Hoteis, restaurantes, transporte, atrações, os preços no geral costumam assustar os mais desinformados. Uma passagem de ônibus com validade de 1h30 min: 2,75 CAD (CAD=dólar canadense). Uma diária em um hotel 3 estrelas em Downtown: 130,00 CAD. Um hamburguer no Red Robin: 15,00 CAD. E por aí vai…
Ahhhh, DICA! Os preços que vemos nas vitrines e nas gôndolas são preços sem o imposto. O preço real das coisas você só vai descobrir no momento de pagar.
Frio, chuva, sol
Chove muito em Vancouver. E nós queremos sinceramente acreditar nisso, mas não foi isso que a gente viveu. E por isso, a cada meia dúzia de palavras trocadas com alguém, quatro sempre estavam presentes: “vocês estão com sorte”.
O sol pode até não ser muito presente, mas quando ele aparece, gente… Ele arrasa! É claro que pegamos uma chuvinha também mas mesmo no dia da chuva, as nuvens se abriram todas depois das 17h e o pôr do sol foi inesquecível.
Mas de um modo geral, o inverno e o outono são bem chuvosos e a primavera e o verão, muito menos. Mesmo assim, não saia do hotel sem uma capa de chuva, porque de uma hora pra outra, tudo pode mudar.
O frio não é muito rigoroso não, mesmo no inverno. A temperatura mínima que pegamos foi 2 graus. Pra um inverno no Canadá, até que não está tão ruim assim, certo?
Multiculturalidade em Vancouver
As estatísticas definitivamente não se conversam sobre esse tópico, mas fato, Vancouver é uma cidade muito, muito cosmopolita. Grande parte da população imigrou de outras partes do mundo, e isso faz com que os canadenses representem aproximadamente 40% da população. O restante? Chineses, Coreanos, Japoneses (sim, os orientais são a maioria estrangeira), Gregos, Italianos, Mexicanos, Brasileiros e por aí vai. O universo todo em Vancouver.
É como se uma viagem a Vancouver fosse uma volta ao mundo. E o mais bacana? Na grande maioria das situações (atenção: exceções sempre vão existir), as pessoas se respeitam, convivem e se ajudam.
Presença oriental na cidade
Durante a diáspora de Hong Kong (movimento que aconteceu quando a Inglaterra devolveu a cidade para a China), muitas famílias, algumas delas bem endinheiradas, se mudaram pra Vancouver com medo de como a China poderia transformar a cidade. E, mesmo alguns anos depois, essa dinâmica continua acontecendo com bastante frequência.
E a força oriental, principalmente chinesa, é tão grande, que em muitos locais, as placas de sinalização também são traduzias em chinês. Jornais de rua escritos em chinês são distribuídos nas portas do metrô, imaginem.
Questão social e violência
Imagine a cena: você está lá feliz e contente planejando sua viagem a Vancouver, umas das 10 melhores cidades para se viver no mundo, e você encontra uma notícia falando da violência na cidade. Hã?
Sim! Paradoxalmente, Vancouver é a cidade com melhor qualidade de vida do Canadá e também a cidade com a região mais pobre e violenta do país. Vou dar os meus 2 cents de contribuição sobre o que nós aprendemos lá.
O clima mais ameno, com inverno menos rigoroso, permite que as pessoas façam das ruas o seu lar e isso acaba atraindo canadenses do país inteiro. A grande maioria desses moradores de rua é viciada em drogas. Por diversos motivos, que não vêm ao caso, há muitas brigas entre os moradores de rua e elas às vezes acabam em morte, o que contribui para o aumento das taxas de violência.
No entanto, a cidade não é violenta para a população em geral, e é possível caminhar pelas ruas durante a madrugada tranquilamente. Mas o que é muito triste é que essa mesma segurança não existe entre eles.
Quantidade e variedade de coisas para fazer
Toda noite eu ficava muito ansiosa porque parecia que a gente não tinha feito muito coisa durante o dia.
De parques lindos e bem cuidados a estações de ski, lazer será um ponto alto da sua viagem a Vancouver. Entre eles, há também museus, teatros, galerias de arte. Tours guiados, passeios de ônibus e de barco e atividades de esportes, radicais ou não.
Gastronomia em Vancouver
Diversificada, sensacional e maravilhosa. Come-se absurdamente bem em Vancouver. Restaurantes de todos os estilos gastronômicos se espalham pela cidade. Só nessa viagem de 6 dias nós comemos em restaurante de comida canadense, cubana, italiana, grega; em bistrô, pub, carrinho de japadog e hamburguer gourmet. Realizou o que te espera?
Onde nos hospedamos (onde se hospedar)
O melhor lugar para você se hospedar em Vancouver, na minha opinião, é em Downtown, nas regiões West End, Robson e Yaletown. As principais atrações ficam bem perto dali ou têm transporte em maior abundância. Ali nessa região também há algumas estações de metrô que deixam a vida ainda mais fácil.
Nós nos hospedamos em Robson e em West End e não poderíamos ter ficado em lugar melhor. Nós amamos o estilo, a localização e o carinho que encontramos no The Burrard, tanto quanto amamos o atendimento, o conforto e a gentileza do Times Square Suites.
Transporte em Vancouver
Em Vancouver dá pra se locomover de tudo quanto é jeito.
Quer caminhar e se perder? Dá, a cidade é plana. Quer ganhar tempo e conhecer muitos lugares no mesmo dia? Dá também, vá de Skytrain. Quer rodar por várias regiões sem perder os detalhes de cada uma delas? Compra um ticket e embarca nos ônibus locais. Quer um ônibus com guia turístico? É só usar o Trolley ou o Sightseeing. Ah, você quer chegar até Granville Island e em outros pontos na beira do lago? Experimenta o ferry-boat. Quer sentir o vento no rosto e se misturar aos locais nas váááárias faixas de bicicleta? Então, aluga uma e se joga!
Balanço geral
Não há absolutamente nenhuma desculpa pra alguém ir a Vancouver e não aproveitar cada minutinho lá. Como já dizia Samuel Rosa, “o dia e a noite, as quatro estações”.
Confesso que nós esperávamos encontrar uma cidade com menos prédios e arranha-céus e com valores um pouco mais amigáveis. Mas todos temos nossos “defeitinhos”, certo?
E se você chegou até aqui percebeu junto comigo que Vancouver é única na sua ousadia, generosidade e beleza. E percebeu também que não pode passar por essa vida sem conhecê-la, acertei? E aí, topa uma viagem a Vancouver?
Se você está planejando uma viagem a Vancouver, pesquise seus hotéis pelo melhor site de reservas do mundo, o Booking.com. Se você usar o link aqui do blog para reservar o seu hotel, você garante o melhor atendimento, não paga nenhuma taxa extra e eu ganho uma pequena comissão pra continuar meu trabalho. 😉
Show de roteiro Pam! Quero ler tudo em detalhes agora! A costa leste do Canadá sempre me chamou mais a atenção, quero agora conhecer mais de Vancouver para me empolgar e ir pra lá hehehe.
Fe!!! Conte comigo pra te ajudar com a viagem, viu? Obrigada pelo elogio e pela visita. Beijo
Uau Pamela!
Fiquei aflita já no começo do post com as histórias do vistos.
Ainda bem que deu tudo certo, que você curtiu esses 6 dias maravilhosos e voltou para contar pra gente e despertar a nossa vontade de adicionar o destino na nossa lista que nunca para de crescer, né?
Elo, foi uma correria com esse visto, mas deu tudo certo no final. Nem acreditei, hehehe.
Foram dias maravilhosos mesmo. Super recomendo Vancouver! <3
Obrigada pela visita e pelo comentário.
Cidades planas, uma paixão para mim tb <3
Quero conhecer o Canadá, djá!
Sonia! Acho que combinamos, rs. Pra mim também, uma super paixão. Quero conhecer outras muitas partes do Canadá, mas Vancouver me surpreendeu muito. 😉
Pam, q post EXCELENTE sobre Vancouver!!! Foi uma viagem no tempo ler suas palavras, me senti lá de novo. E acredita q aprendi algumas coisas q eu nem sabia, mesmo tendo morado lá? Tipo que lá tem a maior região pobre do Canadá. Conheci um desses bairros sim, com muitos drogados nas ruas. Eu andava por ali de dia ou à noite, mas nunca me senti ameaçada não. Só era triste ve-los acabados. Era um contraste com o resto de Vancouver.
Espero muito um dia poder voltar lá. É uma cidade que ficou no meu coração e de onde guardo histórias muito especiais.
Obrigada pelo seu post!
Beijão
Oi Carla, obrigada pela visita e pelo comentário. Eu adoro escrever sobre Vancouver porque adorei demais a cidade. Realmente, a questão dos moradores de rua é um contraste mesmo. Mas, a forma com que o governo lida com isso é bem interessante, é respeitosa. Quero volar pra lá no verão agora. Com tantas árvores, deve ser mais linda ainda. Beijo
Que relato legal. Espero um dia conhecer 🙂
Obrigada José Jayme, pela visita e pelo comentário! Vai sim. Tenho certeza que você vai gostar. E muito!!! 😉
Canadá não está no topo dos meus planos para os próximos países a visitar, mas sem dúvida que está na lista. Depois desta descrição de Vancouver, talvez tenha subido uns lugares 🙂
Oi Catarina, fico feliz que tenha gostado do post. Logo, logo tem mais!
O mundo é tão grande e é sempre tão difícil fazer a lista dos desejos de viagem, não? O Canadá é o segundo país da minha lista, rs. Não vejo a hora de conhecer outras cidades e poder mostrar mais pra vocês. Nós, brasileiros, ainda sabemos bem pouco sobre o que o Canadá pode oferecer pra gente!
Obrigada pelo comentário e pela visita! 😉