Como chegamos: avião de Bangkok
Quanto custou: 130 USD/cada
Quanto tempo levou: 3 horas
Gasto médio/dia: 50 USD/pessoa
Depois de Hong Kong: Yangshuo, China
Onde nos hospedamos: Chungking Mansions – Unique Hotel
Quanto custou: 40 USD/dia
Hong Kong é exagero, luxo, charme, caos. Tudo ao mesmo tempo e pra ontem, por favor! Talvez a melhor junção do Oriente com o Ocidente!
HK (para os íntimos) foi tudo o que se espera de uma cidade grande e poderosa: é moderna e organizada, limpa e dinâmica. Cosmopolita, ela sabe receber bem as pessoas. Embora de queixo caído, nos sentimos “em casa” desde o primeiro contato com ela, ainda no aeroporto. Tudo funcionando: pessoas falando inglês perfeito e muita simpatia para todos os lados. Nossas malas chegaram antes mesmo da gente na esteira. O trem expresso que leva os passageiros até o centro da cidade em 20 minutos é excelente e barato. Ficamos como duas crianças quando conhecem pelo primeira vez o computador!
E depois de ver alguns “trailers” da janela do trem, desembarcamos na estação de metrô Tsim Sha Tsui e nos deparamos com ela, com toda pompa e circunstância. Seus arranha-céus de arquitetura arrojada, suas luzes, o exagero de neon, o movimento frenético das pessoas, as mil lojinhas de tudo, e muitos, muitos chineses. Finalmente, a conhecemos!
Depois da paixão à primeira vista, a volta à realidade: nosso holtezinho. Hotelzinho, porque estou falando no sentido LITERAL da palavra. Se o quarto tinha mais do que 4m2 (incluindo o banheiro) era muito. Enquanto o Paulinho ficava de pé, eu TINHA que ficar sentada na cama, nós dois não conseguíamos ficar em pé juntos ao mesmo tempo. Isso tudo porque Hong Kong é uma cidade muito cara, principalmente nos quesitos hospedagem e alimentação.
Votando ao nosso “hotel”. Em uma das localizações mais privilegiadas da cidade (no centro de tudo, pertíssimo do metrô), fica o (a) Chungking Masions, um prédio muito grande completamente abarrotado de hostels, guest houses e pequenos hotéis. Para vocês terem uma noção, havia, na média, uns 10 pequenos empreendimentos por andar. O prédio é dominado por imigrantes, principalmente de Bangladesh, da Índica e de alguns países africanos. O térreo é cheio de lojinhas nos quais eles vendem de tudo (de comida a cosméticos). A partir do segundo andar, encontram-se as opções de acomodação. É um lugar bem popular entre os mochileiros, porque é barato (barato para HK, que fique bem claro!), a Chungking Mansions pode assustar alguns logo de cara.
Assim que colocamos os pés para fora do metrô e demos de cara com o prédio, começaram as mil abordagens feitas pelos agentes dos pequenos hotéis para nos hospedarmos. Todos eles vieram pra cima da gente e começaram a oferecer quartos. Como já havíamos reservado um quarto (com base nos comentários do www.booking.com), não tivemos nenhum problema. Foi só dizer isso a eles e vê-los desistir de nós e procurar a próxima vítima. Mas, assustadora mesmo era a fila para esperar o elevador, sempre desmotivadora, comprida e demorada pois, além dos hotéis e albergues para os turistas, há muitas moradias baratas para imigrantes que vão tentar a vida em HK. Somente tome cuidado ao utilizar as escadas (principalmente à noite), pois, de acordo com a dica que recebemos, a escada é utilizada pelos moradores para consumir e vender drogas. À primeira vista, Chungking Mansions pode assustar ou amedrontar pelo seu estilo exótico, mas nossa estadia foi muito tranquila, embora bem apertada!
HK tem três principais áreas: Kowloon (na parte sul da parte continental) a ilha de HK (bem em frente ao Kowloon) e Lantau (a oeste de Kowloon), mas as principais atrações turísticas e serviços ficam concentradas em Kowloon, onde indicamos a estadia. A locomoção pela cidade é excelente e exemplar. A grande e surpreendentemente eficiente linha de metro impressiona pelo serviço. Além de limpas e organizadas, as estações de metro prestam um serviço inestimável aos turistas. Em todas elas, encontramos esses mapas sinalizando os pontos turísticos perto da estação, com fotos, breve resumo e TUDO em inglês. Além disso, as saídas são sinalizadas por letras nos mapas e na estação, então é só você encontrar no mapa a letra correspondente ao lugar que você vai e segui-la dentro da estação.
O ônibus com ar condicionado, catamaran para acessar a ilha, bondinhos que cortam a ilha de lesta a oeste, e muita oferta de taxi (que são bem caros).
Como a cidade não é muito grande, conseguimos nos locomover do jeito que mais gostamos, a pé, muito embora o preço dos transportes sejam bem justo. Pela influência inglesa, HK foi colônia da Inglaterra até 1997, os ônibus têm dois andares. Pegamos um deles e demos uma voltinha pela cidade para conhecer um pouco mais do que só o centro turístico. Deu pra ver uma HK mais antiga, com fortes influências chinesas, principalmente nas construções.
Infelizmente, tínhamos apenas 3 dias para curtir a cidade e demos preferência para algumas atividades “obrigatórias”: The Peak, avenida das estrelas, centro comercial na ilha e o show de luzes e para a nossa atividade preferida: caminhar pela cidade.
The Peak (Pico)
Onde fica: na ilha, subindo a montanha
Como chegar: de trenzinho (mais popular pelos turistas) e com o ônibus número 15 (mais baratinho), que sai da estação de ônibus do lado do pier, também na ilha.
Quanto custa: gratuito
Quanto tempo: de 2 a 3 horas (entre 1h30 e 2h dentro do ônibus)
The Peak é o ponto mais alto de HK, de onde é possível ver toda a cidade. A vista deve ser linda, embora a gente não tenha conseguido ver quase nada. A poluição estava terrível naquele dia e estava também muito frio. De qualquer forma, indicamos o passeio.
Avenida das Estrelas (Avenue os Stars)
Onde fica: no bairro Tsim Sham Tsui, na beira do oceano
Como chegar: de metro, linha vermelha, estação Tsim Sha Tsui ou de ônibus (muitas opções, depende de onde você estiver)
Quanto custa: gratuito
Quanto tempo: de 1 a 2 horas
A Avenida das Estrelas é uma espécie de calçada da fama para os artistas de Hong Kong. Moldes das mãos de muitas celebridades que desconhecemos estão por toda parte. A única que fiz sentido pra gente foi a do Jack Chan. Mas, a grande atração da avenida é uma estátua em tamanho real do Bruce Lee. Tradição é ensaiar o seu melhor golpe em frente a ela e bater uma foto! Nós pulamos essa, rs!!!
No mais, a avenida é bem agradável. Andamos quase ela inteira, observando o oceano, os gigantescos prédios do lado da ilha e o movimento das pessoas.
Centro comercial da ilha
Onde fica: na ilha, bem perto do píer
Como chegar: de barco do píer da Tsim Sha TSui, de metro (linha azul, estações Central ou Admiralty), ou de ônibus (depende de onde você estiver
Quanto custa: gratuito
Quanto tempo: de 1 a 2 horas
Aqui estão grande parte daqueles prédios enorrrrrrrrmes que vemos em quase todas as imagens de HK. Espelhados e com uma arquitetura super arrojada, eles impressionam invariavelmente. Entre eles, alguns jardins (muito bem cuidados) e muitas pessoas de preto, engravatadas correndo de um lado para outro. Charme muito especial é a linha de trenzinho que corre em paralelo ao oceano, cortando a linha de leste a oeste. Baratinho, é uma ótima opção de sightseeing. É um dos centros econômicos mais importantes da Ásia e do mundo.
Por ali, só andar, observar as pessoas (sempre!) e novamente se perguntar: “onde a Ásia quer chegar?
Show de luzes
Onde fica: acontece nos prédios da ilha, mas o show é visto da Avenida das Estrelas
Como chegar: é só fazer o mesmo que faria para a Avenida das Estrelas
Quanto custa: gratuito
Quanto tempo: de 30 minutos
O Show de luzes foi a decepção de Hong Kong. Tão famoso e tão sem graça. Uma galera se amontoa às margens do oceano, na Avenida das Estrelas, para ver as luzes coloridas brilharem nos prédios ao som de música clássica. É verdade, as luzes acompanham o ritmo da música, mas mesmo assim, não convencem. Poucas luzes, poucos prédios, efeitos especiais bem fradinhos, enfim, foram 30 minutos esperando o verdadeiro show começar e então se deparar com o seu final… Não que não valha a pena, afinal é gratuito, e parece que sempre tem um showzinho paralelo acontecendo (como alguns bailarinos dançando tango no dia em que fomos), mas atenção à expectativa.
Além dessas, fizemos nossa famosa caminhada e encontramos por acaso o Kowloon Park, bem pertinho do nosso hotel. Eu, que a-do-ro parques, não resisti. Entramos, claro! Que bom que entramos! O parque era realmente grande e cheio de atividades de lazer. Além daas árvores e outras plantas super bem-cuidadas, o parque tinha quatro piscinas públicas, um aviário, onde encontramos esse pássaro super interessante.
E a surpresa do dia foi encontrar a calçada da fama dos personagens de desenho animado e quadrinhos. O máximo! As esculturas deliciosamente bem-feitas e, mesmo sem conhecer nenhum personagem, nos divertimos tirando fotos e brincando com elas.
Para quem ama marcas de luxo e tem dinheiro para comprar, HK é o lugar. Tenho certeza que é a cidade no mundo com mais lojas de luxo por metro quadrado. E o mais interessante, na rua! Rolex, Tiffany & Co, Cartier e cia limitada são praticamente franquias, encontradas em cada esquina.
Espalhados pela Avenida das Estrelas, auto-falantes davam voz a músicas latino-americanas, tango, em sua maioria. Ajudou a nos sentimos um pouquinho mais perto de casa! A música dá um ar mais alegre para uma cidade que é praticamente coberta pela forte névoa de poluição. É, realmente, ninguém é perfeito! Nem HK!
Dicas:
HK tem um sistema de transporte público excelente e junto com ele um cartão (Octopus) que dá acesso a todos os meios de transporte. É possível adquiri-lo na maioria das estações de metro. Você faz um depósito de $50 HK (50 dólares de Hong Kong) e carrega o cartão com, no mínimo, $100 HK. Antes de ir embora, é só devolver o cartão que eles reembolsam o depósito e também os créditos que você não utilizou. Show!
Para andar nos ótimos e eficientes ônibus de HK, utilize esse site e programe seus passeios:
http://www.nwstbus.com.hk/routesearch.aspx?t=1401588131878&intLangID=1
Quer economizar e não liga de comer qualquer coisa? Encontre um Mac Donnald’s.
Na Chanking Mansions, é possível encontrar acomodações bem modestas, mas baratas. A localização é das melhores. Não se intimide com a entrada do prédio e lembre-se: não use as escadas, principalmente à noite.
As melhores taxas de câmbio são oferecidas no primeiro andar da Chungking Mansion. Mas, procure uma casa de câmbio que pareça confiável. Nós usamos o método: “ser representante da Western Union”.
Abuse do 7Eleven. Os preços são imbatíveis.
Ah, e esse pássaro é o Calau-rinoceronte 😉 Bjs
Valeu Rody!!! Calau-rinoceronte!
Tive que ler o post aos poucos tamanha quantidade de informação!! Esses chineses vão mesmo atropelar o ocidente…bjs e até o próximo post
Oi Rody,
Tivemos a mesma impressão sobre a Ásia! Tanto da China, quanto da Tailândia, por exemplo. Isso porque não conhecemos Cingapura, rs! bjs e logo mais soltaremos o próximo post!!!